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Ideias à solta: Diana Gomes da Silva

Atualizado: 7 de jan. de 2019


O conceito de first mover, que pode ser encarado com uma vantagem ou o seu oposto, é definido como sendo a capacidade de um negócio ser melhor que a concorrência em virtude de ter entrado no mercado em primeiro lugar.

Argumentando a favor das vantagens, aquele que acede ao mercado em posição de dianteira, pode ter elevados custo de aprendizagem, mas tem a oportunidade de criar barreiras à entrada de outros competidores, criando entraves tecnológicos. Pode, para além disso, aceder em primeiro lugar a ativos que são escassos, o que lhe confere, também, uma vantagem competitiva em relação aos demais. Estas vantagens inflacionam a possibilidade de construção de uma relação privilegiada e de confiança com os clientes, potenciando a fidelização. O mix de todas estas vantagens cria notoriedade e reputação para o negócio, o que gera valor para o cliente e, consequentemente, revenues.

Claro que não basta a um negócio poder gozar da vantagem de ser first mover para singrar no mercado. Exige-se uma capacidade sistemática de atualização e melhorias constantes, que, como já referimos, implica elevados custos de aquisição de conhecimento e aposta em pesquisa e desenvolvimento de novas ideias e processos capazes de diferenciar positivamente o negócio.

É igualmente imprescindível que exista um investimento de larga escala em marketing e comunicação para que a imagem de ter sido o first mover continue a produzir efeitos que se constituam como vantagens para o negócio. Esta é, como sabemos, uma das áreas em que as empresas pioneiras necessitam dispensar uma grande parte do orçamento, para que os concorrentes e substitutos não as retirem do mercado.

Ser o primeiro não é requisito bastante, se não for acompanhado, como em qualquer posicionamento, de estratégia e capacidade operacional. Ser-se capaz de experimentar e de se adequar às constantes mudanças, sobretudo tecnológicas, exige também uma disponibilidade para se alterar o mind set instituído e ser-se capaz de interpretar, tal como preconiza Pinto dos Santos no Modelo de Gestão EOS, que quando o E (Environment) se altera, vai produzir interferências no S (Strategy), o que deve, inevitavelmente, alterar o O (Organization) . Diana Gomes da Silva

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