Vamos brincar com o Amor?
- Francisco Gs Simões
- 15 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Afinal, o que é o Amor?
Não quero fazer desta pergunta uma dissertação filosófica e ficar a pairar no ar com afirmações mais ou menos etéreas.
Gostava mesmo que pensassem no que é o Amor entre duas pessoas.
Há quem descubra o Amor num só olhar, num segundo, naquilo que dizemos ser "amor à primeira vista".
Há amores que se vão "acertando", aperfeiçoando ao longo da vida.
Às vezes o amor consolida-se num contrato e as pessoas celebram-no num casamento.
Mas haver casamento sem amor é coisa que já não devia existir, pensava eu.
Mas nos últimos tempos, tenho assistido a realidades que não imaginava serem possíveis de se generalizarem.
A televisão descobriu que a humanidade está sedenta de Amor.
E usou essa carência em seu favor.
E transformou o Amor num entretenimento e numa falsidade.
Há programas para todos os gostos. Os que se conhecem despidos das suas roupas mas não de preconceitos! Podem ver o que nos locais comuns não vêm, o corpo dos outros. Eles vêm e nós também!
Há outros em que o foco é o casamento e outros em que a ideia é emparelhar, arranjar namorado.
Todos são manipulados pelo que desejam, pelo que lhes apresentam, pelos outros que lhes fornecem informações e opiniões e sobretudo, pelos candidatos que nunca são aquilo que parecem.
É tudo uma ilusão!
São realidades manipuladas e por isso ilusórias.
E no meio disto, percebo que os adolescentes, alguns, até se deixam convencer e no meio de algum ceticismo, lá vão dizendo que namorar é melhor que casar porque é menos radical!
E até, neste ponto, sou obrigada a concordar.
Mas...afinal, que andamos nós a permitir que façam ao Amor?
Porque aceitamos que o Amor seja apresentado como um entretenimento quando é muito mais do que isso?
É caso para perguntar, vamos continuar a brincar ao Amor?
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