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Vamos brincar com o Amor?

Afinal, o que é o Amor? Não quero fazer desta pergunta uma dissertação filosófica e ficar a pairar no ar com afirmações mais ou menos etéreas. Gostava mesmo que pensassem no que é o Amor entre duas pessoas. Há quem descubra o Amor num só olhar, num segundo, naquilo que dizemos ser "amor à primeira vista". Há amores que se vão "acertando", aperfeiçoando ao longo da vida. Às vezes o amor consolida-se num contrato e as pessoas celebram-no num casamento. Mas haver casamento sem amor é coisa que já não devia existir, pensava eu. Mas nos últimos tempos, tenho assistido a realidades que não imaginava serem possíveis de se generalizarem. A televisão descobriu que a humanidade está sedenta de Amor. E usou essa carência em seu favor. E transformou o Amor num entretenimento e numa falsidade. Há programas para todos os gostos. Os que se conhecem despidos das suas roupas mas não de preconceitos! Podem ver o que nos locais comuns não vêm, o corpo dos outros. Eles vêm e nós também! Há outros em que o foco é o casamento e outros em que a ideia é emparelhar, arranjar namorado. Todos são manipulados pelo que desejam, pelo que lhes apresentam, pelos outros que lhes fornecem informações e opiniões e sobretudo, pelos candidatos que nunca são aquilo que parecem. É tudo uma ilusão! São realidades manipuladas e por isso ilusórias. E no meio disto, percebo que os adolescentes, alguns, até se deixam convencer e no meio de algum ceticismo, lá vão dizendo que namorar é melhor que casar porque é menos radical! E até, neste ponto, sou obrigada a concordar. Mas...afinal, que andamos nós a permitir que façam ao Amor? Porque aceitamos que o Amor seja apresentado como um entretenimento quando é muito mais do que isso? É caso para perguntar, vamos continuar a brincar ao Amor?

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