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Romance de José Luis Peixoto “Galveias” vence maior prémio de tradução do Japão


O romance “Galveias”, do escritor alentejanos José Luís Peixoto, traduzido para a língua japonesa por Maho Okazaki Kinoshita, venceu o maior prémio de tradução do Japão.

Trata-se do primeiro livro português a receber esta distinção (The Best Translation Award), refere a editora Quetzal, adiantando que a cerimónia de entrega do prémio decorre a 27 de abril, na Digital Hollywood University, em Tóquio, no Japão.

O livro “Galveias” esteva entre o quatro finalistas, entre os quais se contam “The White Book”, da sul coreana Han Kang, vencedora do Prémio Man Booker Internacional 2016, com o livro “A vegetariana”, e “The Narrow Road to Deep North”, romance do australiano Richard Flanagan vencedor do Prémio Man Booker 2014, que está publicado em Portugal pela Relógio d’Água com o título “A senda estreita para o Norte Profundo”.

Galveias é uma vila do concelho de Ponte de Sôr, terra natal de José Luís Peixoto, que aí viveu até se mudar para Lisboa. início dos anos noventa para estudar na universidade, “Galveias” foi o quinto romance deste escritor alentejano cuja ação no ano de 1984 e é um livro de memórias. São histórias que não ultrapassam a realidade, ficcionada para proteger a identidade dos que lá estão.

José Luís Peixoto contou com a ajuda da mãe para construir estas histórias. Aliás, foi em Galveias que se refugiou para começar a escrever o livro, precisou dessa proximidade. A dona Alzira Pulguinhas contribuiu com as memórias mais antigas — a narrativa do livro decorre em 1984 e daí para muitas décadas anteriores. “Cada palavra é uma palavra que vem da minha experiência, é um livro escrito a partir da minha memória. Sem que efectivamente eu seja nomeado no texto, é um livro muito conotado comigo pela minha presença extra textual. A única ligação que existe entre o autor e o texto é uma pequena dedicatória à minha mãe e ao meu pai. Este é o único lugar onde eu estou.” Mas não, o cachopo anda por ali, memórias velhas espalhadas por toda a parte, referiu José Luís Peixoto ao “Observador”

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