O alentejano Manuel Ferreira Patrício na Academia Portuguesa da História
- Francisco Gs Simões
- 8 de jan. de 2019
- 2 min de leitura

A sua simpatia , simplicidade e disponibilidade para ouvir os outros poderá levar os mais incautos a pensar que estão na presença de mais um professor, daqueles que nos gostamos de dizer com orgulho “ foi meu professor”.
Mas, o eborense Manuel Ferreira Patrício, Professor catedrático jubilado e antigo Reitor da Universidade de Évora entre outros cargos públicos que desempenhou é um dos mais conceituados académicos portugueses nas áreas da pedagogia e da educação e que agora muito justamente entrou para a Academia Portuguesa da História.
Passou despercebido à sociedade eborense, aos media e a toda a “intelectualidade” da cidade e da região a cerimónia de tomada de posse que decorreu na passada quarta feira em Lisboa no Palácio dos Lilases com a participação da ministra da Cultura, Graça Fonseca..
Recorde-se que A Academia Portuguesa da História, fundada em 1720 por João V e restaurada em 1936, é atualmente presidida pela historiadora Manuela Mendonça.
O agora membro da Academia Portuguesa de História frequentou o Curso do Magistério Primário (Évora, 1957-1959) e ficou aprovado no Exame de Estado para o Ensino Liceal, no Liceu Central de Camões, em 1972. Licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1974. Foi professor do Ensino Primário (1959-1967) e do Ensino Liceal (1967-1984). Doutorou-se em Ciências da Educação, com especialidade em Filosofia da Educação em 1984 pela Universidade de Évora e prestou provas públicas de Agregação em Teoria da Educação e Axiologia Educacional nessa mesma Universidade em 1992.
Na Universidade de Évora exerceu as funções de Professor Auxiliar (desde 1984), de Professor Associado (desde 1986), de Professor Catedrático (entre 1993 e 2006) e de Reitor (2002-2006). Foi Presidente do Conselho do Departamento de Pedagogia e Educação, órgão que instalou, organizou e dirigiu (1976-1993), Presidente do Conselho Pedagógico (1990-1993) e Presidente do Conselho Directivo (Área Departamental de Ciências Humanas e Sociais, entre 1991 e 1993), Coordenador da secção de Filosofia e Pedagogia e Diretor da Comissão do Curso de Filosofia (1996-2002). Aposentou-se como Professor Catedrático da Universidade de Évora em 2006.
Fora da academia Manuel ferreira Patrício tem desenvolvido intensa actividade cultural, designadamente no domínio da Música, com destaque para a criação e direcção de Coros, Grupos Instrumentais e Grupos de Jograis, com alguma actividade consequente de composição. Dessa actividade destaca-se: Maestro do Coro da Academia de Amadores de Música, a convite de Fernando Lopes Graça, em 1965; Maestro da Tuna Académica do Liceu Nacional de Évora (1967-1972); Fundador e maestro do Pequeno Conjunto de Câmara do Liceu Nacional de Évora (1968-1972); Maestro do Orfeão de Estremoz Thomas Alcaide, entre 1973 e 1984; Fundador e Maestro do Coral da Universidade de Évora (11 de Abril de 1983), que dirigiu até 1987 e Fundador do Grupo de Metais da Universidade de Évora, em 2003.
Manuel Ferreira Patrício, entre outras distinções, foi agraciado em 2012 com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique na sessão solene comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesa e com a Medalha de Mérito Municipal, Classe Ouro, pela Câmara Municipal de Évora.
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