top of page

Notas soltas de Voltas ao Alentejo


Sabe-me a vinho tinto pão e linguiça a véspera do primeiro dia da Volta ao Alentejo.  A conta gotas iam chegando de todos o Alentejo e não só os jornalistas que iam acompanhar a Volta, os habituais mostravam os galões de veteranos abraçavam os obreiros Arranja e Grulha, tratavam-nos pelo nome sabiam onde iam buscar os materiais com que iam engalanar os carros já de si engalanados pela publicidade que pagava a cobertura da prova. Os mais novos, meios envergonhados lá se iam integrando e quando algum ficava mais “parado”, tinha logo o apoio do Manel da Gaita ou do Adegas, que atrás de um carro já tinham montado o “estamine”, onde não faltavam o bom vinho alentejano o pão a linguiça enfim um ritual de receção aos novos e velhos que haveriam de ficar com o Alentejo no coração. Vinham de todo o lado e eram especialmente saudados os que vinham de mais longe, o Luís Almeida o Káká e mesmo os mais consagrados dos grandes jornais como o Homero Serpa, o Ricardo Tavares, o Guita Júnior, o Martins Morin enfim que me perdoem todos os outros que não me lembro de momento e que eram muito importantes. Era o tempo de ir buscar os rádios volta, de ouvir as histórias de anos anteriores e de dar muita atenção aos melhores profissionais e entre eles estava o Fernando Emílio o homem que todos seguiam e ouviam atentamente para depois cada um na sua rádio o tentar imitar. Chegavam os diretores das equipas para a reunião habitual onde ouviam os conselhos dos homens da organização como Drº Artur Lopes e o Engº Alfredo Barroso, entre naturalmente muito outros ao longo destas mais de três décadas e a pouco e pouco o recinto das acreditações ia ficando vazio....ficava no entanto marcado o encontro ao final da tarde principio da noite...ia começar a semana do borrego.

Mário Simoes

Comments


bottom of page