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Ideias à Solta


Café Filosófico

Há, no Porto, Cafés Filosóficos, sem café, mas com filosofia bastante. Fui como intrusa, cheguei atrasada e não bebi café. Não sabia, como se diz na gíria, para o que ia. Achei, na minha inocência provinciana, que conversas filosóficas bem poderiam ser bom programa para uma noite de sexta-feira. Ao julgarmos o outro, matamo-lo? Esta era a questão. Pode o nosso julgamento sobre o outro exercer tamanha censura, criar tamanho incômodo ao ponto de o modificar, alterando, num ponto mais extremo, radical da filosofia da questão, erradica-lo? E mais, tem isso de ser necessariamente negativo? Não se pode, das cinzas, renascer fénix? A vida é filosofia. Questionarmo-nos, colocarmo-nos à prova, rebatermo-nos. Compreendermos o outro. Procurarmos a verdade, a nossa, pelo menos. Sabermos quem somos e que posição ocupamos neste mundo, nesta vida, neste lugar específico, neste tempo, com estas pessoas, nesta circunstância. Já fui morta com julgamentos vários. Quem me ama incondicionalmente, julga-me, para me fazer renascer. Sou grata porque tenho comigo quem me queira de asas abertas, para desbravar mundo. De coração aberto, para deixar fluir o amor. Há filosofia bastante, para sermos.

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