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Ideias à solta

Intransigências

De uma vida estuporada

Marcaram o meu lugar

Aqui.

Não há bola de cristal

Mas adivinha-se o futuro.

Segui, sem parar.

Sigo, sem parar.

Sem certezas. Sempre sem certezas.

Com vontade. Muita. Que nada se faz sem vontade.

De peito aberto às balas.

Aqui estou.

Metem-nos em categorias. É importante pertencermos a uma. Incluídos numa caixa que muitos querem única. Definidora por limitadora, constringente.

Querem-nos em pequenos muros, ladeados. Definidos publicamente, mas nem sempre publicamente, porque há assuntos que incomodam mentes demasiado conspurcadas de pureza. Sentem-se vomitar-nos, aos diferentes.

És o quê?

És Mulher. Quarentona.És aquela a que não pode ser tratada por Tia, porque Tia, há só uma, e não és tu.

Já não és a Filha da professora, nem a Filha do juíz. Não és a presunta, nem a rata, nem a faneca (embora sinto que este me assente).

Não ousam sequer pensar aquilo que, efetivamente, sou.

Muito mais do que qualquer autocolante que queiram tentar colar-me. Sou Eu.

A que ama com tudo. Abre o peito às balas. Aquela que silenciosamente se importa.

Lixem-se.

Eu sou muitas vezes demasiado séria.

... Há coisas que me merecem seriedade.

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