Ideias À solta
- Francisco Gs Simões
- 30 de jan. de 2019
- 1 min de leitura

Fomos à Alfândega ver a exposição do Bansky.
Adoro o edifício da Alfândega. O que se vê dali é o Porto todo. O Rio, as Pontes, Miragaia e toda a Ribeira.
Depois há o que se vê lá dentro.
A arquitectura imponente, a utilização de materiais nobres, e o ferro, que se faz distinguir, porque é distinto.
E aquelas portas e janelas que se abrem para o rio. O nosso rio.
Fomos ver a exposição do Bansky como quem cumpre uma romaria pós-moderna. Expectantes, porque os artistas internacionais, quando veem ao Porto, são vistos com uma fome negra. No caso de Bansky, porque a sua arte é carregada de conteúdo social, expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. E é real. Metafórico. Profundo e intenso.
Foi assim que o vi.
O dia estava frio, chuvoso e feio. Muito frio.
Entramos. Entendo a circunstância dos balões e a presença da comunicação social. O espaço está organizado com grandes fotografias dos murais, que percorremos sem pretensão de circuito organizado. Pareceu ser, aliás, o método dos restantes. Detivemo-nos em todos eles de forma mais ou menos demorada. Queriamos sugar aquela interpretação.
Foi interessante a instalação interativa da Girl with Balloon, que “destruiamos” com a nossa aproximação à mesma.
Depois rapidamente, e sem aviso de ordem alguma, terminou Bansky e começaram artistas portugueses, que, na mesma linha editorial, mostraram a coesão de um movimento artístico.
Inevitavelmente sinto-me perdedora perante tamanha capacidade de expressão: despertar sensações é magia.
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