top of page

Gostava de saber… Se fica satisfeito por sair de um sitio sem pagar?

Gostava de saber… Se fica satisfeito por sair de um sitio sem pagar?

Sistematicamente são as claques de clubes de futebol. Onde entram de bolsos vazios querem sair de barriga cheia. Há historias em todos os clubes. Ninguém passa impoluto. Seja nas áreas de serviço, nos restaurantes adjacentes aos estádios e agora numa discoteca.

Mas há quem critique estes energúmenos e faça o mesmo no restaurante. Ah! Vão dizer estava distraído, esqueceu-se, não tinha dinheiro naquele momento e vai voltar mais tarde. Tretas.

Sair de um estabelecimento seja ele qual for e quem for, o acto é abjecto!

Qual é a diferença entre uns e outros? Nenhuma. A diferença é que uns andam à pancada para sobreviver. Outros, dão pancadinhas nas costas, sobrevivendo!

Quando sou convidado a jantar, em casa de alguém, faço questão de levar a sobremesa, o vinho ou as entradas. Uma troca de amizade, respeito e educação chama-se a isto: regras de bem viver! Mas quando vou a um restaurante, café, bar ou discoteca não levo nada. Sei que o que consumir pago. Também sei que por usufruir de determinados ambientes, boa musica, decoração etc… tenho o chamado ‘consumo mínimo’ pois há despesas das quais benefício e quem me as proporciona deve ser recompensado. Isto é assim em Beja, em Chaves, na Amareleja, na China, no Brasil ou na “conchichina”. Há uma prestação de serviços e ela deve ser remunerada. Não se quer, não se entra! Haja educação e acima de tudo respeito pelas regras da sociedade.

Por falar em ambientes societários, aqui pela Ásia as pessoas não se esquecem de pagar, os ocidentais muito menos. Têm pouca capacidade de fugir. Primeiro são facilmente reconhecidos, segundo não queiram enfrentar um asiático enfurecido e por ultimo as autoridades são implacáveis com quem prevarica.

Mas há um outro lado da história sobre pagamentos que permite reflectir sobre os comportamentos dos seres humanos. Está quase generalizado na restauração asiática a denominada taxa de serviço ( Tax Service) que não é mais do que uma remuneração extra, de 10% sobre a conta, destinada aos empregados dos estabelecimentos. Não é a primeira, nem será a ultima vez ,que na Ásia, em restaurantes, até banais, a qualidade do serviço prestado está muito acima das expectativas. Como consequência, entre os convivas, decide-se premiar o serviço com uma gratificação extra. Pede-se a conta, paga-se e junto com o ‘troco’ deixa-se a gorjeta. Levantamo-nos da mesa e saímos. Ora, em segundos ouvimos a gritar e começa um dialogo sobre a satisfação e o respeito pelo dinheiro dos outros:

Empregado: Sir! Sir! (Senhor, senhor) esqueceu-se deste dinheiro na mesa, é o troco!!!

Convivas: Não. Essa é uma gratificação pelo serviço.

Empregado: desculpe, mas não podemos aceitar. Os senhores já nos brindaram com a presença e com a vossa satisfação. Também na factura já foi cobrada a taxa de serviço. É mais do que suficiente

Convivas: Não há problema, divida o dinheiro pelos seus colegas. Estamos muito contentes.

Empregado: Desculpe Sir. Não podemos aceitar. A nossa satisfação e que regresse outra vez, compense-nos com a sua presença!

Comentarios


bottom of page