Gostava de saber… quanto custa um excesso!!!
- Francisco Gs Simões
- 17 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Vitor Moutinho

Tudo começa por desafios. Até que nos excedemos. Na comida, no álcool, na vida, nos disparates e até nos excedemos nas palavras. Espero não me exceder por aqui, mas após o desafio para ‘debitar uns textos para o Jornal de Portel, as letras conjugadas em palavras começam a tomar forma de artigo. Prometo não ser cansativo, nem eloquente. Serei assertivo mas poderá haver disparates pelo meio. Os textos são assim, saem e são construídos conforme a nossa mente nos conduz. Começamos por este que tem um contexto de excessos! Gostava de saber quanto custa um excesso de uma ambulância?
Nada se assinalar devidamente a marcha de urgência (numero 1 do art.° 64 do Código da estrada (CE)). Muito se não assinalar devidamente a marcha de urgência.
Entre o ‘devidamente’ e o ‘indevido’ a diferença é muito ténue.
Conheço casos de situações urgentes em que os condutores das VMER (Viaturas Médicas de Emergência) não ligam os sinais sonoros, vulgo sirenes, porque o ruído pode alterar e influenciar o estado dos pacientes, mas assinalam a marcha com sinais luminosos (art.° 22 e 23 do CE). Mas também conheço situações em que os condutores decidiram chegar cedo a determinados sítios e ‘toca’ a buzinar, mesmo que o destino fosse contrário à direcção do hospital!!! Antes de se cometer excessos de julgamentos na praça publica, coisa tão rápida nos dias de hoje, é preciso também haver zelo. Não em excesso, com doses de ponderação até se averiguar e aprofundar toda a verdade. Custe o que custar. A vida não tem preço, mas os excessos sim.
A palavra excesso têm vários usos. Um deles, por exemplo na Ásia, é o excesso de dinheiro. Em Macau foram recentemente divulgados os registos em numerário ( notas, vales, e de instrumentos negociáveis ao portados) transportados nas fronteiras. Este registo tem pouco mais de um ano, entrou em vigor em Novembro de 2017 e visa registar quantias monetárias transportadas acima de 120 mil patacas (cerca de 13 mil euros) por recomendação do Grupo Ásia-Pacífico contra o Branqueamento de Capitais. Desde Novembro de 2017 foram declarados nas fronteiras da Região Administrativa Especial de Macau mais de 238 mil milhões de patacas (cerca de 25 mil milhões de euros). Tudo em dinheiro ‘vivo’! O valor mais elevado declarado foi transportado numa mala de mão que continha 144 milhões de patacas (cerca de 15,5 milhões de euros). Quem não declarou também foi apanhado. Um cidadão proveniente de Hong Kong transportava em notas 3 milhões de patacas foi inspeccionado e como não os declarou pagou 30.200 patacas de multa ( cerca de 3.300 euros). Excessos!!!
Vitor Moutinho
É consultor de comunicação há 20 anos e actualmente exerce funções na área da saúde no Governo da Região Administrativa Especial de Macau. Definiu estratégias de comunicação da Braga2012: Capital Europeia da Juventude. Foi assessor de imprensa do Governo de Portugal entre 2005 e 2011 onde definiu planos de comunicação e aconselhou diversos ministros. Passou pela Rádio Popular e Liga Portuguesa de Futebol Profissional onde sendo responsável pela comunicação criou nestas entidades procedimentos internos e externos de comunicação que, ainda hoje, são utilizadas como referência. Foi jornalista fundador da SIC-Televisão no Porto e iniciou a sua carreira na Rádio Comercial e Gazeta dos Desportos.
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