EPRAL entregou diplomas em festa e a pensar no futuro
- Francisco Gs Simões
- 11 de mar. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 12 de mar. de 2019

A entrega de diploma seja em que escola for é sempre um momento vivido pelos alunos com dois sentimentos antagónicos, o de alegria e de tristeza. Alegria porque se fecha com êxito um ciclo, tristeza porque normalmente nesta altura fica-se com a consciência que esse ciclo foi muito bom. A juntar a tudo isto sruge a incerteza quanto ao que se passará a seguir.
A entrega dos diplomas aos alunos da EPRAL, Escola Profissional da Região Alentejo é sempre vivido por todos, alunos, professores e pais com muita alegria e isso era visível no passado sábado junto à Igreja de S. Francisco aquando da bênção das pastas.
Depois, a festa prosseguiu e não faltou a presença do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que teve ocasião de verificar a qualidade do ensino ministrado pela EPRAL ao longo dos anos.
Cerimónia à parte, festa bem digerida, sonhos sonhados naquele estabelecimento de ensino e que vão ser concretizado na vida real e concreta, a EPRAL, tem vindo a cumprir um papel muito importante no ensino e principalmente numa vertente profissional que nem sempre tem o reconhecimento que merece. Aliás, o próprio ministro fez questão de salientar ao referir que “o ensino profissional não é periférico e não deve ser secundarizado, porque esta dupla certificação profissional e académica dá a estes alunos a possibilidade de seguirem os seus estudos ou ingressarem no mercado de trabalho”.
A EPRAL, tem vindo a provar as palavras do governante, pois longe vão os anos em que se sonhava com o ensino profissional no Alentejo o que levou à formação do CEDRA que ficou instalado bem no coração da cidade de Évora e que em 1989 firmou um contrato programa com o GEPAT surgindo assim a EPRAL- Escola Profissional da Região Alentejo.
E, porque nada acontece vindo do nada, tudo isto surgiu de um sonho, possivelmente não só de uma pessoa. Mas, há sempre uma que personifica o projeto e essa pessoa foi Fernanda Ramos, que liderando muitas vontades foi construindo aquela que é hoje uma Escola conhecida e reconhecida por todos os alentejanos e não só.
Pois bem, se tudo começo no CEDRA, se depois continuou com a EPRAL, cujo projeto inicial assentava numa resposta qualificante ao nível das Agroindústrias, cujo potencial na nossa região se começava a afirmar.
Foi então desenhado um Plano Curricular que desenvolveu conteúdos e objetivos para essa formação, a qual o Ministério da Educação viria a integrar nas ofertas da rede de Escolas Profissionais. Às Agroindústrias foram-se juntando-se a pouco e pouco mais áreas de ensino que tinham a ver o processo de desenvolvimento do Alentejo, áreas geradoras de emprego estável, as quais foram sendo incorporadas na oferta formativa da EPRAL.
Não foram só os jovens de Évora que beneficiaram com a criação da EPRAL foram inicialmente criados vários pólos, Évora (sede), e Estremoz e Vila Viçosa.
Ao longo da década de 90, a EPRAL, em cooperação com actores locais, designadamente as autarquias, foi criando uma rede de pequenos pólos em concelho estratégicos do Alentejo Central e do Alto Alentejo para que, numa relação de proximidade, geradora de confiança e de gestão partilhada de receios e de expectativas, se constituíssem e fidelizassem os novos públicos do ensino profissional. Nessa altura a Escola chegou a ter em atividade oito pólos.
Em 1999, foi criada uma entidade proprietária da Escola Profissional, a Fundação Alentejo, a qual assumiu a posse integral desta instituição. Este novo enquadramento legal determinou o desencadear do processo de solicitação de Autorização de Funcionamento junto do DDES – Departamento do Ensino Secundário, do Ministério da Educação, em substituição do anterior Contrato-Programa, tendo a Fundação Alentejo obtido para a sua Escola Profissional a “Autorização Prévia de Funcionamento” nº 1, em18 de Junho de 1999, a qual foi sendo complementada por Aditamentos que actualizavam a oferta formativa disponibilizada em cada um dos seus pólos.
Depois de, em 2005/2006, o Ministério da Educação ter alargado à rede das escolas secundárias estatais as ofertas formativas que as Escolas Profissionais tinham consolidado e cuja validação e valorização social, pelos jovens, pelas famílias e pelos parceiros sociais tinha sido realizada.
Nessa altura a EPRAL reestruturou a sua organica concentrando a sua oferta num número mais reduzido de pólos, processo esse que terminou com a concentração de toda a oferta formativa da EPRAL no seu pólo sede, em Évora.
Este pólo, instalado num equipamento escolar de excelência, que mereceu, no ano de 2000, a classificação pela OCDE de “estabelecimento de ensino exemplar”.
Pode dizer-se que a EPRAL é conhecida como uma escola de excelências em áreas como a Hotelaria e Turismo (Restauração e Recepção-Atendimento), os Audiovisuais e Produção dos Media (Multimédia e Áudio e o Vídeo) e a de Saúde e Serviços de Trabalho Social (Apoio à Infância e de Auxiliar de Saúde) entre outras.
Para além da formação de jovens a EPRAL vem desde 1999 dinamizando uma valência de formação e qualificação escolar e profissional orientada para os adultos, para alem disso a Fundação Alentejo proprietária da EPRAL , criou o Colégio da Fundação Alentejo que em Setembro de 2011 entrou em funcionamento e que foi concebido, como espaço de partilha e reflexão, com e entre os pais, o Colégio permite assim a conciliação entre a vida pessoal, social e profissional das famílias, bem como o apoio ao seu papel fundamental como primeiros e principais educadores.
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