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Elas andam por aí....


A vespa asiática anda por aí, parece que já foi vista no Alentejo lá para os lados de Portalegre e Gavião. Este animalzinho representa uma ameaça à atividade dos apicultores por ser carnívora, é também um problema de saúde pública e pode ser um problema para quem com elas se cruze por acidente. São predadoras da abelha europeia e muito agressivas quando se sentem ameaçadas pelos humanos, podendo fazer perseguições superiores a uma centena de metros.

Para ajudar a combater estas abelhas, Capoulas Santos apresentou esta semana a Campanha Nacional de Combate à Vespa velutina ou vespa-asiática, e que tem uma dotação de um milhão de euros, que vão ser geridos pelos municípios.

São cerca de10 mil euros por cada município, com reforços onde se der "aumento inesperado de ocorrências”, e com um cálculo feito de 25 euros/ninho primário e de 100 euros/ninho definitivo/secundário. O dinheiro chegará aos cofres das autarquias através de uma compensação em sede de IVA aos agricultores, em subsídio não reembolsável.

O primeiro registo da presença da vespa asiática em Portugal foi no ano de 2011, em Viana do Castelo. Um ano depois eram nove os ninhos confirmados no Alto Minho, que subiram para cinquenta nos dois meses seguintes. No final de 2015 já se registavam 1215 vespeiros, espalhados por Braga e Vila Real. Desde então foram registados ninhos no Porto (já são pelo menos oito centenas), Coimbra, Aveiro, Guarda, Leiria, Santarém, Castelo Branco, Viseu, no Alentejo (sobretudo em Gavião, Portalegre) e no Algarve, no ano em que foi implementado um plano de acção para a vigilância e controlo da vespa velutina, que parece ser ineficaz.

Para quem avista um ninho de vespa asiática, o procedimento adequado será o de dar nota do avistamento à plataforma online SOS Vespa do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, pelo 808 200 520, à Protecção Civil, que procurará intervir durante a noite, quando todas as vespas estão no ninho, ensacando-o e incinerando-o.

A operação é meticulosa e obriga à utilização de fatos especiais, já que o ferrão da vespa asiática chega a ter três centímetros e o insecto cospe um veneno corrosivo, como explica o especialista à MedioTejo.net, daí a necessidade de se usar óculos de proteção na operação. Segundo Henrique Azevedo Pereira, 20 a 25 picadas são suficientes para matar um adulto saudável e não alérgico.

O facto de as vespas asiáticas construírem os seus ninhos no alto de árvores altas é uma possível razão para o facto de a presença desta espécie invasora só ser detectada muito tempo depois de se ter instalado. Os ninhos são frequentemente descobertos no inverno, após a queda das folhas.

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