Cartas de Amor
- Francisco Gs Simões
- 13 de mai. de 2019
- 1 min de leitura
O amor é a única paixão
que não admite nem passado nem futuro.

Olhou para a mesa e viu somente dois copos, o que significava que o efeito do álcool não podia ser, depois a aragem fresca vinda da janela aberta dava indicações que também não era um sonho. Isso fê-lo sentir melhor, e mesmo a hipótese do que estava a acontecer ser somente fruto do ambiente que os rodeava, também não era justificativo para o momento mágico que estava acontecer.
Farto de tentar arranjar explicações para o que se estava a passar optou por abrir o jogo e assumir que estava sob o efeito da paixão, uma paixão bonita com a exaltação e fantasia própria desses momentos.
Ali à sua frente estava a Rita. Mais linda do que nunca, com uma insinuante camisa branca que deixava transparecer um seio lindo meio coberto por um soutien cor de carne.
Só então reparou que o envolvimento era completo, para além da alegria de estar perto dela e da partilha dos dois mundos, havia algo mais de carnal e isso assustava-o.
Nunca tinha pensado ou mesmo imaginado que sentisse tamanha atracção por ela, uma atracção física igual à atracção sentimental que o atraía desde a primeira vez que a viu numa noite de S. João.
Sempre a tinha colocado num plano quase divino, que para o seu completo prazer bastava olhar, ouvir a voz ou sentir o cheiro da Rita.
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